O surto do novo vírus, tem causado fanatismo anti-asiático, histeria e violência em todo o mundo, à medida em que a desinformação e as falsas notícias (fake news), tomam conta das plataformas, causando medo e preconceito.
No dia 4 de fevereiro, 3 turistas japoneses que estavam de férias na Bolívia, foram mantidos em quarentena em um hospital local, mesmo não possuindo histórico de viagem para a China e nem exibir sintomas de contaminação.
Depois de isolados, os jovens que tinham por volta de 20 anos foram liberados, porém com uma sensação de que as autoridades locais do país sul-americano se mostram desinformados e alienados.
No final de janeiro, uma estudante de direito descendente de japoneses passeava pela cidade do Rio de Janeiro, quando foi agredida dentro do metrô por uma mulher que a chamou de “porca chinesa” e que “estava espalhando doença para todos”.
Na cidade de Nova Iorque, uma mulher com descendência asiática foi agredida com uma série de socos e chutes na estação de metrô de Chinatown. O homem também dirigiu diversas obscenidades e a chamou de “doente”.
Em Paris, um grupo de estudantes durante uma excursão da Universidade de Hitotsubashi, presenciaram um grupo de jovens que faziam gestos de cobrir a boca e o nariz com as mãos, enquanto eram atormentados com provocações de “coronavírus”.
Esses e muitos outros casos, são a prova de que a maior pandemia causada pela desinformação, é a xenofobia. Entretanto, a própria Ásia também não está isenta da disseminação do ódio.
Recentemente, uma hashtag #ChineseDontComeToJapan surgiu no Twitter e em Cingapura, uma petição online do change.org foi iniciada pedindo ao governo que proibisse cidadãos chineses de serem autorizados a entrar na cidade-estado.
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