KADOKAWA revoluciona com mangá sem palavras, atraindo talentos globais e expandindo propriedade intelectual. Descubra o impacto e a visão futura.
A KADOKAWA está revolucionando sua abordagem global de conteúdo, com foco especial no mangá sem palavras. Este gênero inovador, que narra histórias apenas por meio de imagens, derruba barreiras linguísticas e atrai um público mundial. Em 23 de julho, a empresa realizou seu primeiro concurso internacional dedicado ao mangá sem palavras, um evento que atraiu mais de 1.000 inscrições de 104 países e regiões, demonstrando o vasto alcance e interesse nesse formato.
O grande vencedor na categoria de obras originais foi “My Hope In Bloom”, do artista canadense cocosm. A obra cativou os jurados ao retratar a jornada de um jovem crescendo em meio a adversidades, destacando o poder da narrativa visual.
O Impacto nos Criadores e o Potencial do Mangá Sem Palavras
A repercussão do concurso entre os participantes foi notável. Um criador internacional expressou sua admiração pela indústria japonesa de mangás, afirmando: “Por muito tempo, admirei a indústria japonesa de mangás de longe, pensando que nunca faria parte dela. Este reconhecimento significa muito para mim.” Outro participante acrescentou: “Receber elogios de profissionais aumentou minha confiança”, sublinhando o impacto positivo da iniciativa.
Takashi Izumi, diretor executivo da KADOKAWA, explicou a visão por trás dessa estratégia: “Os criadores japoneses são extremamente ocupados e seus números são limitados. Acreditamos que há um grande potencial em descobrir e desenvolver novos talentos do mundo todo.” Esta perspectiva ressalta a importância de globalizar a busca por talentos, utilizando o mangá sem palavras como uma ponte cultural.
Impulsionando a Propriedade Intelectual Globalmente
Os criadores vencedores do concurso receberão apoio editorial para a serialização de suas obras, um passo crucial na estratégia da KADOKAWA para gerar e expandir a propriedade intelectual. A empresa tem como meta ambiciosa produzir 7.000 títulos de propriedade intelectual e está ativamente incorporando empresas estrangeiras à sua estrutura.
Um exemplo notável dessa expansão é a Malásia, onde uma editora local se tornou subsidiária da KADOKAWA em 2015. Lá, a empresa estabeleceu o que considera a maior divisão de desenvolvimento de propriedade intelectual do país. Criadores internos nessa divisão gerenciam desde o planejamento conceitual e design de personagens até a coloração, garantindo um controle de qualidade e originalidade.
Um case de sucesso é a série de mangás educativos “Qual é o Mais Forte!?”, que imagina confrontos entre animais e insetos poderosos. Publicada inicialmente na Malásia, a série foi reimportada para o Japão, onde alcançou um sucesso estrondoso entre alunos do ensino fundamental, vendendo mais de 5 milhões de cópias. Este exemplo demonstra o potencial de reversão do fluxo de conteúdo, com obras criadas no exterior ganhando popularidade no Japão, reforçando a estratégia da KADOKAWA com o mangá sem palavras.
Expansão Digital e Visão Futura
O braço internacional da KADOKAWA está fortalecendo suas capacidades com a criação de divisões de tradução multilíngue, a adoção de formatos digitais como NFTs e e-books, e o investimento em promoções globais. Esses esforços visam aumentar a visibilidade de sua propriedade intelectual e abrir novos mercados.
Izumi reiterou a visão de longo prazo da empresa: “Não se trata apenas de levar conteúdo do Japão para o mundo. Queremos criar e compartilhar conteúdo globalmente — inclusive trazendo-o de volta ao Japão. Essa expansão do nosso alcance, em última análise, ajudará a expandir todo o nosso negócio.” Essa abordagem colaborativa e global destaca o papel central do mangá sem palavras como um catalisador para a inovação e o crescimento no mercado de conteúdo.
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