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Frota de navios e submarinos chineses é maior que a americana

- 22 de janeiro de 2024

Os Estados Unidos estão em negociações com o Japão para estabelecer um acordo que permita aos estaleiros japoneses realizar manutenções regulares em navios de guerra da Marinha dos EUA. O objetivo é garantir a prontidão das forças norte-americanas em águas asiáticas diante de potenciais conflitos, conforme informou o embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, em recente declaração.

Durante uma coletiva de imprensa na base naval de Yokosuka, próxima a Tóquio, Emanuel destacou a importância estratégica da manobra. “A China está monitorando o movimento de nossos navios. A manutenção regular dos nossos navios em estaleiros japoneses não apenas reforça nossa capacidade de dissuasão, mas também diminui a carga sobre os estaleiros americanos”, disse ele.

A pressão sobre os recursos dos estaleiros dos EUA é evidente, com atrasos de manutenção que alcançam até 4.000 dias. A parceria com o Japão permitiria uma maior foco na expansão da frota naval americana, enquanto o Japão continuaria a oferecer suporte através de suas instalações.

O Pentágono, em seu relatório anual de outubro, revelou que a Marinha chinesa ultrapassou a dos Estados Unidos em número, contando com mais de 370 navios e submarinos, frente aos 340 da frota americana em 2023. A crescente capacidade naval da China sublinha a necessidade de uma presença militar americana mais ágil e bem mantida na região.

Para fortalecer essa estratégia, Washington e Tóquio estabeleceram um conselho com a finalidade de desenvolver um plano de manutenção conjunto. O Japão, como um aliado chave dos EUA, hospeda a maior concentração de forças militares americanas fora do território dos EUA, incluindo o único grupo de ataque de porta-aviões posicionado permanentemente no exterior, baseado em Yokosuka.

A Mitsubishi Heavy Industries, um dos gigantes industriais japoneses, que já fornece navios de guerra e submarinos para as Forças de Autodefesa do Japão e tem estaleiros comerciais em Yokohama, possui experiência prévia em trabalhos de manutenção para a Marinha dos EUA. Este acordo potencial reforçará ainda mais a colaboração de longa data entre as duas nações na área de defesa e manutenção naval.

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