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Gueixas e maiko desfilam em Kyoto mesmo sob calor extremo de verão

- 4 de agosto de 2025
Gueixas e maiko mantêm tradição milenar em Kyoto durante o Hassaku, enfrentando temperaturas acima de 37°C com graça e serenidade.

Gueixas e maiko mantêm tradição milenar em Kyoto durante o Hassaku, enfrentando temperaturas acima de 37°C com graça e serenidade.

Mesmo sob o sol escaldante do verão japonês, gueixas e maiko mantiveram viva a tradição do Hassaku no histórico distrito de Gion, em Kyoto, no dia 1º de agosto. A celebração ancestral, que tem origem no antigo calendário lunar, reúne essas artistas tradicionais para agradecer a mentores e donas de casas de chá locais.

Rituais sob o calor de 37°C

Vestidas com quimonos pretos formais adornados com brasões familiares, as gueixas e maiko desfilaram pelas ruas históricas, contrastando com o clima severo. Às 11h da manhã, os termômetros já marcavam 34,5°C, em um dos verões mais rigorosos da última década. Apesar do calor, o 13º dia consecutivo de temperaturas extremas não impediu a serenidade e elegância dessas mulheres durante suas visitas.

Solidariedade entre tradição e modernidade

Em meio ao evento, foi registrado um momento simbólico e comovente: uma recepcionista ofereceu uma bebida esportiva a uma maiko, gesto que destacou o cuidado e a adaptação da tradição aos desafios climáticos contemporâneos. Esse contraste entre a rigidez cerimonial e a sensibilidade prática ilustra bem a resiliência da cultura japonesa.

Alertas meteorológicos em todo o Japão

Segundo a Agência Meteorológica do Japão, o país enfrenta uma onda de calor que se estende de Tohoku a Okinawa, com temperaturas que podem alcançar 40°C em algumas regiões. O governo tem emitido alertas de insolação e reforçado a importância da hidratação e proteção solar.

Preservando a cultura em tempos desafiadores

Mesmo com as condições climáticas adversas, o Hassaku continua sendo um dos momentos mais emblemáticos do calendário cultural de Kyoto. O evento demonstra não apenas o compromisso com a preservação das tradições, mas também a capacidade de adaptação e cuidado com as pessoas envolvidas.

Essa fusão entre o antigo e o contemporâneo reafirma a importância da cultura japonesa como um patrimônio vivo, que resiste, evolui e inspira.

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