O Hanko é uma espécie de carimbo muito usado pelos japoneses e é destinado como assinatura oficial, além de ter peso legal. No Japão é obrigatório para os estrangeiros residentes e continua sendo fundamental para processos burocráticos do dia a dia.
Sua primeira aparição no Japão foi através da importação vindo da china na Era Kamakura e era usado por lordes feudais e shoguns.
O nome de origem veio da Era Edo e foi a partir desta época que ele ficou popular. Ele também era usado em documentos oficiais, pela classe bushi e pelos comerciantes durante suas transações.
Os selos só foram oficialmente usados para identificação, na Era Meiji, com o novo sistema nacional de registro e certificação.
Os Hankos são feitos para atestar a identidade em um documento, portanto, os mais importantes são entalhados a mão e possuem características únicas, que evitam a falsificação.
Os materiais mais usados são madeira, prata e titânio, por isso seus preços podem ser bem elevados.
A tinta utilizada é o shuniku e deve ter a coloração avermelhada.
Além disso, existem vários tipos e diferentes propósitos. Os mais importantes ficam guardados, mas os japoneses costumam carregar o mitome-in, que é usado para as tarefas diárias em casa e no escritório, tais como a assinatura para a entrega de pacotes, cartas e documentos.
Já o Shachihata, é usado para fins pessoais simples, como assinar cartas.
O Sanmonban, é o mais barato e é feito de plástico. Porém esse tipo não é recomendado para contratos, pois é facilmente replicável.
Todos os residentes estrangeiros são obrigados a ter, pois é fundamental para alugar uma casa, abrir contas, assinar contratos, etc.
O Hanko pode ser feito a partir dos 15 anos e pode usar katakana ou alfabeto romano.
Em caso de perda, deve-se ir até a polícia e cancelar o inkan na prefeitura.
UM LADO NEGRO, MENOS CONHECIDO, DO JAPÃO
Além de sair do acordo internacional sobre baleias e passar novamente a caçá-las, o Japão tem um segundo lado negro: o seu mercado negro de marfim, usado principalmente para fazer selos pessoais.
A Agência Investigação Ambiental (EIA) estima que 262 mil elefantes foram mortos desde 1970 para suprir o Japão de marfim. A pressão, interna e externa, está crescendo para o Japão finalmente ficar livre deste mercado de marfim.