
Um homem acusado de abuso, que levou a morte da enteada de 5 anos no ano passado, afirmou durante seu julgamento que começou a agredir a criança após perceber que seus esforços para disciplina-la não funcionavam.
“Minhas disciplinas não estavam tendo resultados, então comecei a agredi-la à medida em que minha raiva aumentava”, disse Yudai Funato, de 34 anos, durante seu julgamento no Tribunal Distrital de Tokyo.
“Eu não fui capaz de controlar minha raiva”, disse ele. “Eu sei que isso é minha culpa”.
Funato abusou fisicamente de Yua, além de priva-la de se alimentar, por volta de janeiro do ano passado. Quando a condição física da criança ficou crítica e piorou seriamente, o homem se negou a leva-la ao hospital por medo de que seus abusos fossem expostos.
Como resultado, a menina morreu em março de 2018, após desenvolver pneumonia. Funato admitiu todas as acusações.
Durante a audiência judicial, os promotores alegaram que os abusos de Funato pioraram, quando Yua e sua mãe, mudaram-se para morar com ele em Tokyo, em janeiro de 2018.
O homem abusou fisicamente da garota por ela não cumprir suas exigências, que incluía acordar às 4 da manhã.
Funato admitiu que ficou furioso porque a via adormecendo logo após instruí-la a aprender a ler um relógio e acordar na hora.
Ele a segurou pelo pescoço, a levantou e a levou para o banho, onde gritou com ela para que ela se desculpasse. Ele então a segurou, afim de limitar seus movimentos e jogou água gelada no rosto da criança.
Além disso, o homem limitava a alimentação da menina e raramente a permitia sair do apartamento.
Na autópsia, a criança apresentava 170 ferimentos pelo corpo.
Yua faleceu deixando para trás papeis escritos com “por favor, me perdoe”, onde os promotores consideraram que ela implorava para que os maus tratos parassem.
A morte da menina atraiu a atenção de todo o país e levou o Japão a promulgar leis em junho deste ano, que proíbe pais e responsáveis de punir crianças fisicamente, fortalecendo a capacidade dos centros de assistência infantil de intervir nos casos em que suspeita de abuso.
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