
O Japão impulsiona a exportação de arroz japonês para mercados globais, visando um crescimento de 8x até 2030. Descubra as novas estratégias e metas ambiciosas.
TÓQUIO – O governo japonês anunciou na sexta-feira planos ambiciosos para fortalecer a exportação de arroz japonês, buscando novos mercados internacionais e aprimorando a eficiência da produção. Essa iniciativa visa compensar a projeção de longo prazo de contração no consumo interno. O relatório anual sobre alimentos e agricultura para o ano fiscal de 2024, aprovado pelo Gabinete, destaca a importância de aumentar a exportação de arroz japonês, mesmo com as recentes medidas para conter o aumento dos preços domésticos, em parte devido à escassez.
Mercados-Alvo e Metas Ambiciosas
O Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca identificou mercados estratégicos para a exportação de arroz japonês, incluindo:
- China
- Cingapura
- Estados Unidos
- Hong Kong
- Taiwan
Com a crescente popularidade da culinária japonesa globalmente, as exportações de produtos agrícolas do país atingiram um recorde de 1,51 trilhão de ienes (US$ 10,5 bilhões) em 2024. A meta agora é audaciosa: 5 trilhões de ienes até 2030. Para alcançar esse objetivo, o governo planeja impulsionar a exportação de arroz japonês em quase oito vezes, para 353.000 toneladas em 2030, partindo dos 12,03 bilhões de ienes (27,8% acima do ano anterior) previstos para 2024, através de vendas em restaurantes e lojas japonesas.
Estratégias para Aumentar a Produtividade e Competitividade
Para aumentar a produtividade na exportação de arroz japonês, o governo pretende expandir a área cultivada por agricultores focados em exportação, com campos de 15 hectares ou mais. O plano também busca uma redução significativa nos custos de produção, de 16.000 ienes por 60 quilos para cerca de 9.500 ienes, tornando o arroz japonês mais competitivo no mercado global.
O ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi, incentivou os produtores a aumentar a produção, ressaltando que qualquer excedente pode ser exportado ou comercializado de novas formas. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba reforça essa visão, afirmando que “Em vez de dizer: ‘Exportaremos se houver excedente’, deveríamos tentar exportar desde o início.” Esse foco proativo em mercados estrangeiros é essencial, dado o esperado declínio do consumo interno devido à queda populacional.


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