
Nos últimos dias, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020, se depararam com uma situação inesperada: A procura pelos ingressos para assistir aos jogos esportivos, foram 10 vezes maiores que as quantidade de bilhetes disponíveis.
De acordo com o comitê de Tokyo 2020, 3,2 milhões de ingressos ficaram nas mãos dos próprios japoneses, fora os mais de 30 milhões que tentaram acessar o sistema para garantir presença na maior competição esportiva do planeta.
A falta de ingressos é um problema inédito na história das Olimpíadas. Em Londres, os organizadores distribuíram ingressos restantes entre os parceiros e comitivas. Já no Rio 2016, foi adotado uma medida parecida, mas não foi suficiente. Alguns jogos como esgrima e tênis ocorreram com arquibancadas praticamente vazias, e ao que tudo indica Tokyo terá uma repercussão diferente.
O comitê organizador afirma que serão oferecidos mais de 7 milhões de ingressos excedentes para todos os que não conseguiram comprar, e somente uma parte disso será direcionada aos japoneses, justamente para suprir o público estrangeiro sedento pelos bilhetes.
Os japoneses preveem ganhos expressivos com os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Segundo os cálculos do Banco do Japão, a expectativa é que o retorno do evento chegue a mais de 300 bilhões de dólares até 2030.
Entretanto, a exemplo do Rio, Tokyo também não ficou livre das acusações sobre corrupção.
O presidente do Comitê Olímpico do Japão, pediu demissão em março após sofrer forte pressão da impressa local, acusando-o de sua dívida com a Justiça Francesa de 2 milhões de euros, usados para garantir a escolha de Tokyo como a sede das Olimpíadas. O presidente do Comitê Rio 2016, também sofreu as mesmas acusações na época.