Norlevo pode ser vendido sem receita no Japão. Contraceptivo de emergência terá liberação inédita, ampliando o acesso e o controle reprodutivo.
Norlevo, um contraceptivo de emergência amplamente utilizado, recebeu aprovação do comitê de especialistas do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão para ser comercializado sem necessidade de prescrição médica. A medida, aprovada em 29 de agosto, visa ampliar o acesso à pílula do dia seguinte e reduzir casos de gravidez indesejada no país.
Se aprovado pelo Ministro da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o medicamento se tornará o primeiro contraceptivo de emergência de venda livre no Japão. Atualmente, o uso desse tipo de anticoncepcional exige receita médica, o que limita o acesso, especialmente em situações urgentes.
Acesso mais rápido à contracepção de emergência no Japão
Os contraceptivos de emergência, como o Norlevo, têm eficácia estimada de até 80% quando utilizados em até 72 horas após a relação sexual desprotegida. No entanto, a exigência de prescrição médica tem sido apontada como um obstáculo para seu uso no momento certo.
Desde dois anos atrás, o governo japonês vem testando a liberação controlada da venda sem receita por meio de programas-piloto em farmácias selecionadas. Os resultados positivos levaram à recente aprovação da proposta pelo comitê de especialistas.
Nova regulamentação para venda sem receita
A estrutura aprovada traz diretrizes específicas para a comercialização do Norlevo:
- Sem necessidade de consentimento dos pais
- Sem restrição de idade
- Venda obrigatoriamente feita por farmacêuticos capacitados
- Retirada presencial obrigatória pelo cliente
Essas medidas foram pensadas para garantir tanto o acesso quanto a segurança no uso do medicamento. O Ministério da Saúde japonês anunciou que irá monitorar os impactos da liberação e poderá ajustar o modelo de venda futuramente.
Impacto social e relevância da decisão
A possível liberação do Norlevo sem receita representa um avanço significativo no acesso à saúde reprodutiva no Japão. A medida também coloca o país em sintonia com práticas adotadas por outras nações desenvolvidas, que já reconhecem a urgência e a autonomia necessárias nesse tipo de escolha.
Com maior acesso, espera-se uma redução considerável nas gestações indesejadas, especialmente entre jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade.


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