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Passageiros dormem em camas de papelão no aeroporto de Narita

- 14 de abril de 2020
Passageiros dormem em camas de papelão

A área de desembarques agora é chamada de “Cardboard Box Hotel” e “Corona Refugee Camp”. 

Com os casos de coronavírus continuando a aumentar, o Japão agora está tomando medidas extremas para conter a contaminação, proibindo a entrada de estrangeiros que viajam de 73 países e regiões e testando os japoneses que retornam de países restritos no exterior. 

Por exemplo, no Aeroporto de Narita, os repatriados tem que permanecer dentro do prédio até que os resultados para os seus testes apresentem negativo, para poderem ir para casa. Além disso, eles têm que permanecer por até 14 dias confinados por conta da quarentena imposta pelo governo. 

Com isso, a equipe do aeroporto e os passageiros tiveram que pensar fora da caixa para encontrar uma solução de como ficar confortável até que esse tempo passe. E a solução veio exatamente do trocadilho: Caixas de papelão.  

O Aeroporto de Narita é um dos únicos dois aeroportos, junto com o Aeroporto Internacional de Kansai, em Osaka, onde os nacionais que retornam da China e da Coréia do Sul podem entrar.  

Embora os surtos nesses países estejam agora amplamente sob controle, existem aproximadamente 100 pessoas usando o mesmo espaço no terminal ao mesmo tempo, deixando alguns viajantes com medo do risco de contrair coronavírus. 

“Não há muita distância entre as camas”

Este viajante diz que a pessoa na cama ao lado deles tossiu alto muitas vezes sem máscara durante a pernoite. 

https://twitter.com/eijiman0929/status/1248452610572480513

Embora existam preocupações com a instalação, os viajantes que usaram as camas disseram que eram confortáveis, com roupas de cama limpas e de boa qualidade feitas pelo estimado fabricante japonês de futons Nishikawa. 

Além disso, a comida também era agradável. Não era bem uma refeição como em casa, mas suficiente. 

Ainda assim, o hotel de caixas de papelão tem recebido críticas mistas do público e das pessoas que os usam, com algumas expressando preocupações sobre a possibilidade de ser um foco de infecções e outras elogiando o gesto atencioso. 

E você, o que pensa? 

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