O Japão possui pouquíssimo espaço territorial, sendo assim é inválida a prática de sepultamento e por isso os Japoneses optam pela cremação, a qual é aceita e praticada por 98% da população japonesa.
Em 1867, foi promulgada uma lei que tornava a cremação obrigatória para pessoas que morressem de doenças contagiosas, tornando o ato aceito por todas as religiões do Japão.
Também há um incentivo religioso muito grande para a aceitação da cremação, pois apenas 2% da população japonesa é cristã, a maioria segue o budismo e o xintoísmo e ambas as religiões consideram abominável a ideia de um corpo humano entrar em decomposição.
Diante de vários costumes e tradições japonesas, não seria diferente os rituais de preparação do corpo para o funeral.
Quando alguém morre é comum que o corpo seja lavado, antigamente a família da pessoa que fazia isso, mas hoje em dia há pessoas encarregas para essa função.
Depois do banho, o corpo é vestido com um terno, se for homem ou quimono, se for mulher. O corpo é mantido envolto por gelo seco até o dia do velório. Há famílias que levam o falecido para passar a última noite em seu futton.
Chegando o momento da cremação, um ritual na qual toda a família participa. O caixão é colocado sobre uma mesa no crematório e os familiares deslizam o caixão para dentro da câmara de cremação. Em seguida, todos aguardam a cremação ser concluída, o que leva em média duas horas.
Após a cremação, os ossos e as cinzas são colocados em uma urna. Os ossos são retirados pelos familiares através de hashis especiais ou grandes pinças de metal, onde vão passando os ossos uns aos outros até chegar à urna.
Em alguns casos, as cinzas podem ser divididas em duas ou mais urnas, para que possam ser colocadas em locais diferentes como no túmulo da família e em algum templo. A cinzas costumam ficar durante 49 dias na casa da família junto a uma tabuleta de madeira inscrita com o nome póstumo do falecido.
O último ritual é o enterro das cinzas em uma cerimônia chamada nōkotsu. A urna com as cinzas é levada para o jazigo da família, para ser guardado junto com as cinzas de outros familiares.
Fonte: Mundo-Nipo
