Produtores de ostras no Japão iniciam a difícil restauração de suas fazendas após tsunami. Saiba como eles estão superando os desafios em Toba e Kesennuma.
Os produtores de ostras no Japão, especialmente nas regiões costeiras de Toba e Kesennuma, enfrentam uma batalha para restaurar suas operações após os danos causados por um tsunami recente. Os esforços de recuperação já começaram, marcados pela resiliência e cooperação da comunidade.
Desafios em Toba Esforços de Recuperação Coletiva
No distrito de Uramura-cho, em Toba (província de Mie), a força-tarefa é intensa. Os produtores de ostras locais iniciaram o trabalho para reposicionar as balsas de cultivo que foram arrastadas pela força das águas.
De acordo com informações da cooperativa de pesca local, o impacto foi significativo:
- Aproximadamente 400 das 2.000 balsas foram deslocadas.
- As âncoras que prendiam as estruturas cederam, arrastando-as para a baía.
- O estado das ostras que estavam em cultivo ainda é incerto.
Para resolver o problema, mergulhadores estão descendo a 10 metros de profundidade para cortar, com facas, as cordas emaranhadas das âncoras. Em uma ação conjunta, cerca de 70 agricultores utilizam seus barcos para puxar as âncoras e reposicionar as balsas. A previsão é que todo o trabalho de recuperação leve aproximadamente um mês.
A Luta em Kesennuma e o Apelo por Ajuda
Enquanto isso, na Ilha Oshima em Kesennuma (província de Miyagi), a situação dos produtores de ostras no Japão também é crítica. Para viabilizar a reconstrução, os operadores de aquicultura lançaram uma campanha de financiamento coletivo, com o objetivo de arrecadar ¥ 10 milhões.
Na empresa Kaneki Suisan, uma referência local na aquicultura, a maioria de suas 50 balsas foi arrastada por cerca de 30 metros ou simplesmente afundou. Estima-se que a restauração completa das operações levará mais de dois meses.
Vozes da Resiliência A Perspectiva dos Produtores
A determinação é o sentimento que move os trabalhadores. Daisuke Asao, de 46 anos e membro da associação local de ostras em Toba, destacou a complexidade da tarefa. “As cordas estão emaranhadas de forma complexa, o que torna a tarefa difícil. Queremos restaurar as operações o mais rápido possível para que isso não afete o embarque em larga escala a partir de outubro”, afirmou.
Em Kesennuma, Ryota Komatsu, de 26 anos e proprietário da sexta geração do negócio familiar, reforça a importância da ajuda. “Esta área tem um bom fluxo de maré, o que nos permite cultivar ostras de alta qualidade. Pedimos a sua cooperação para que possamos continuar a fornecer ostras deliciosas”, disse ele.


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