Na tradução literal, o termo shibori significa torcer ou espremer. Pode ser considerada como uma forma tradicional japonesa de tie-dye.
Esta é uma das técnicas de corante índigo no Japão mais antigas. Embora originado na China, o shibori ganhou força durante o Período Edo no Japão, entre os séculos 17 e 19.
A sua popularidade se deu pelas pessoas de classe mais baixas, que precisavam de uma alternativa à seda.
Os primeiros tecidos datam o século VIII, quando o Imperador Shomu incluiu um pedaço de shibori tingido em uma coleção de itens doados ao Templo Todai-ji de Nara.
A partir daí, surgiram variações da técnica, assim como técnicas adicionais de coloração.
No shibori é usado thread para isolar pequenos pontos repetidos no tecido.
Depois do tingimento destas manchas, são criados desenhos cativantes e muito mais complexos que os tie-dye.
No tie-dye dos anos 60, é usado uma técnica mais simples que consiste em torcer a amarrar o meio da camisa para criar um desenho em espiral psicodélico.
Existem 6 técnicas de shibori, sendo elas:
- Kumo Shibori: É a mais conceitual. Nela são usados vários objetos para criar os padrões.
- Miura Shibori: Nela são usados processos de looping e blinding para criar os padrões.
- Kanoko Shibori: É o mas parecido com o tie-dye. Nesta técnica, elásticos são usados para amarrar o tecido.
- Arashi Shibori: No processo são utilizados postes de madeira ou cobre parar torcer, embrulhar e prender o tecido.
Para os que se interessam, um lugar indispensável é o Museu Shibori de Kyoto.
O museu foi inaugurado em 2010 e abriga peças shibori da década de 40.
Ele está localizado a cinco minutos do castelo de Nijo, tem informações em inglês e oferece muito entretenimento.
No Museu de Artesanato em Tóquio, há uma exposição chamada Indigo Shibori: As obras de Motohiko Katano.
A exposição mostra o trabalho incrível do artista Motohiko Katano, que abandonou o estilo ocidental ao descobrir a paixão pelo Shibori.
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