Fotos de Shoko Asahara são achadas em buscas na Aleph. Autoridades alertam sobre a influência do grupo e atrasos em indenizações no Japão.
A recente descoberta de fotos de Shoko Asahara em centros da Aleph gerou novos alertas de segurança no Japão. Investigadores da Agência de Inteligência de Segurança Pública realizaram buscas em uma unidade no bairro de Suginami, em Tóquio. Durante a inspeção, as autoridades localizaram imagens do antigo líder da seita Aum Shinrikyo.
Asahara foi o mentor do atentado com gás sarin no metrô de Tóquio. Ele foi executado após ser condenado à morte por diversos crimes graves. No entanto, a presença de suas fotos indica a persistência de sua influência ideológica.
Atividades da Aleph Sob Investigação Rigorosa
A Agência de Inteligência monitora as atividades da Aleph continuamente para prevenir novas ameaças à sociedade japonesa. Primeiramente, as buscas recentes confirmaram que o grupo mantém viva a imagem de seu antigo líder espiritual. Além disso, as autoridades buscam entender como a hierarquia interna está se reorganizando atualmente.
A presença de símbolos ligados a Asahara preocupa o governo japonês. Como resultado, o monitoramento das instalações ligadas ao grupo sucessor foi intensificado nos últimos meses.
Conexões Familiares e Liderança Oculta
Outra descoberta relevante ocorreu em uma instituição localizada na cidade de Yokohama. Lá, foram encontradas fotografias de Matsumoto ao lado de seu segundo filho ainda criança.
Satoshi Onodera, chefe da Divisão de Investigação, trouxe informações importantes sobre esse herdeiro. Segundo os investigadores, Asahara havia designado o segundo filho como seu sucessor oficial. O jovem teria exercido influência sobre decisões organizacionais importantes de forma oculta. Por exemplo, sua verdadeira identidade era mantida em sigilo para evitar a vigilância estatal direta.
Indenizações e Atrasos nos Pagamentos das Vítimas
A justiça japonesa condenou a Aleph a pagar vultosas indenizações às vítimas da seita Aum Shinrikyo. No entanto, o grupo tem falhado sistematicamente em cumprir essas obrigações financeiras obrigatórias.
As autoridades identificaram atrasos contínuos no repasse dos valores devidos. Esse comportamento é visto como um problema persistente pelos órgãos de segurança nacional. De fato, a falta de transparência financeira dificulta o encerramento dos danos causados no passado.
Em conclusão, a vigilância sobre as atividades da Aleph permanece como prioridade para a segurança pública. O governo japonês busca evitar que novas gerações sejam influenciadas por ideologias extremistas perigosas.


**Portal Mundo-Nipo**
Sucursal Japão
Jonathan Miyata é Correspondente Internacional do Canal Mundo-Nipo em Tóquio. Graduado em Jornalismo pela Universidade de São Paulo e com Pós-Graduação em Estudos Asiáticos pela Universidade de Tóquio (Todai). Atua na cobertura de política, tecnologia e cultura japonesa há mais de 8 anos, com passagens pelo grupo Abril antes de integrar o Mundo-Nipo.
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