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Sindicato dos Trabalhadores diz que 3.000 trabalhadores estrangeiros foram demitidos na fábrica da Sharp no Japão

- 5 de dezembro de 2018

Quase 3.000 trabalhadores estrangeiros alocados na fábrica da Sharp na província de Mie tiveram seus contratos rescindidos, segundo um sindicato trabalhista.

A redução de trabalhadores é devido ao corte na produção de painéis de cristal líquido, ocorre em um momento em que o governo está buscando revisar a lei de imigração e aceitar mais operários estrangeiros no Japão.

Cerca de 3.000 trabalhadores estrangeiros foram alocados por cerca de dez empresas terceirizadora de mão de obra para a Sharp em Mie, na fábrica em Kameyama. 

As empresas subcontratadas são classificadas em 3 categorias, de nível 1 a 3. A de nível 1 tem contrato direto com a indústria de eletroeletrônicos, a qual repassa para a de nível 2 e é a da terceira posição que recruta e gerencia os brasileiros e peruanos, enviando-os à unidade de Kameyama.

Durante a negociação coletiva no mês passado, os empregadores disseram ao sindicato que o número de trabalhadores terceirizados caiu drasticamente, segundo o sindicato.

O motivante das demissões é a redução nas vendas de smartphones.

A Sharp informou que não contratou diretamente os trabalhadores e não está em posição de comentar a rescisão do contrato.

Um representante das empresas terceirizadora de mão de obra disse que há trabalhadores que desistem voluntariamente. Comentou também que quatro empresas contrataram nipo-brasileiros e peruanos por volta de 2013, chegando a alocar até 2000 operários.

O secretário-geral da Union Mie, Hojo Hirooka, disse que os descendentes de japoneses são obrigados a trabalhar em ambiente ruim, e que os novos estrangeiros que virão com a aprovação da nova modalidade de visto também terão seus direitos humanos usurpados.

“A expansão do emprego de trabalhadores estrangeiros está sendo discutida, mas melhorar o ambiente de trabalho deve vir em primeiro lugar”, disse Shikata.

Fonte: Mainichi Shimbun