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As “Hortas verticais” decolam devido ao envelhecimento da população japonesa

- 2 de janeiro de 2020
No Japão, a agricultura vertical está decolando, pois os métodos tradicionais enfrentam uma dupla ameaça do envelhecimento da população

O edifício industrial perto de Kyoto, não dá o menor sinal de que existe uma horta interna em suas instalações. Lá, cerca de 30.000 cabeças de alface crescem diariamente, sob a luz artifical e com quase nenhuma intervenção humana. 

Essas “hortas verticais”, são as mais recentes tecnologias de agricultura e faz parte da tendência que a faixa etária do país sofre atualmente, principalmente pela falta de mão de obra devido a esse fator.  

Com a idade média de 67 anos para um agricultor no Japão, e pela falta de candidatos para substituir os que estão morrendo, o país se viu forçado a virar pioneiro na chamada “horta vertical”. 

Uma das poucas empresas que viram seus lucros crescendo rapidamente, foi a Spread, que produz anualmente 11 milhões de cabeças de alface na sua fábrica em Kyoto.  

As máquinas movem as alfaces da fábrica para áreas onde a luz, a temperatura e a umidade são ideais para esse estágio de crescimento. O processo funciona sem solo ou pesticida, e apenas uma dúzia de humanos são empregados para coletar a alface no final. 

“Dada a falta de mão de obra e o declínio na produção agrícola, senti que era necessário um novo sistema”, disse o chefe da empresa. 

Porém, segundo ele, as vantagens são visíveis: “Podemos produzir em grandes quantidades e a uma taxa estável o ano todo, sem sermos afetados pelas mudanças de temperatura” 

A alface da Spread é encontrada nas prateleiras dos supermercados de Kyoto e na capital Tokyo. O chefe da empresa disse que pretende aproximar a produção para lugares onde vegetais são mais amplamente consumidos.  

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