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Alerta no Japão sobre suicídio materno exige atenção à saúde mental na gravidez e pós-parto

- 15 de setembro de 2025
Suicídio materno no Japão revela riscos na gravidez e pós-parto. Entenda os dados e ações de apoio à saúde mental.

Suicídio materno no Japão revela riscos na gravidez e pós-parto. Entenda os dados e ações de apoio à saúde mental.

Entre 2022 e 2024, o Japão registrou 162 casos de suicídio entre mulheres grávidas e no pós-parto. A análise inédita, conduzida pelo Centro de Promoção de Contramedidas de Suicídio (JSCP), revelou dois grupos etários com maior vulnerabilidade: mulheres entre 20 e 24 anos durante a gestação e mulheres entre 40 e 44 anos no primeiro ano após o parto.

Grupos de risco e estatísticas preocupantes

  • 28% dos suicídios ocorreram durante a gravidez
  • 16% nos dois primeiros meses após o parto
  • 56% entre três meses e um ano após o nascimento

A taxa de suicídio entre gestantes de 20 a 24 anos foi de 7,5 por 100 mil nascimentos, mais que o dobro da taxa entre mulheres de 40 a 44 anos (3,6). Já no pós-parto, mulheres de 40 a 44 anos apresentaram a maior taxa: 13 por 100 mil, quase o dobro da faixa de 35 a 39 anos (6,6).

Fatores familiares e emocionais

O JSCP identificou que os principais fatores associados aos suicídios foram:

  • Problemas familiares em mulheres casadas
  • Dificuldades de relacionamento em mulheres solteiras
  • Depressão pós-parto e desafios na criação dos filhos

Segundo especialistas, muitas mulheres enfrentam ansiedade, isolamento e sofrimento emocional durante a gravidez e após o parto. A depressão pós-parto afeta cerca de 1 em cada 10 mulheres, com sintomas como:

  • Choro frequente
  • Insônia
  • Falta de prazer na maternidade
  • Sentimentos de culpa e inutilidade

Ações de apoio à saúde mental materna

O governo japonês tem ampliado os serviços de apoio, com destaque para:

  • Check-up pós-parto em duas semanas para detectar sinais precoces de sofrimento mental
  • Expansão da cobertura: de 56,2% em 2017 para 86,8% em 2025
  • Programas subsidiados com visitas domiciliares, pernoites e apoio de parteiras

Apesar dos avanços, ainda existem desigualdades regionais e restrições hospitalares herdadas da pandemia, que dificultam o acesso ao suporte emocional.

O diretor do JSCP, Yasuyuki Shimizu, reforça: “Não lute sozinha. Dê um passo à frente e procure ajuda.

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