O edifício industrial perto de Kyoto, não dá o menor sinal de que existe uma horta interna em suas instalações. Lá, cerca de 30.000 cabeças de alface crescem diariamente, sob a luz artifical e com quase nenhuma intervenção humana.
Essas “hortas verticais”, são as mais recentes tecnologias de agricultura e faz parte da tendência que a faixa etária do país sofre atualmente, principalmente pela falta de mão de obra devido a esse fator.
Com a idade média de 67 anos para um agricultor no Japão, e pela falta de candidatos para substituir os que estão morrendo, o país se viu forçado a virar pioneiro na chamada “horta vertical”.
Uma das poucas empresas que viram seus lucros crescendo rapidamente, foi a Spread, que produz anualmente 11 milhões de cabeças de alface na sua fábrica em Kyoto.
As máquinas movem as alfaces da fábrica para áreas onde a luz, a temperatura e a umidade são ideais para esse estágio de crescimento. O processo funciona sem solo ou pesticida, e apenas uma dúzia de humanos são empregados para coletar a alface no final.
“Dada a falta de mão de obra e o declínio na produção agrícola, senti que era necessário um novo sistema”, disse o chefe da empresa.
Porém, segundo ele, as vantagens são visíveis: “Podemos produzir em grandes quantidades e a uma taxa estável o ano todo, sem sermos afetados pelas mudanças de temperatura”
A alface da Spread é encontrada nas prateleiras dos supermercados de Kyoto e na capital Tokyo. O chefe da empresa disse que pretende aproximar a produção para lugares onde vegetais são mais amplamente consumidos.
Leia também: Turistas de todo o mundo rezam em santuário para pedir boa sorte em 2020
Mundo-nipo: O principal portal de notícias do Japão