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Durante revisão de leis de liberdade religiosa e discriminação sexual, o pedido de rejeição à alunos e funcionários gays em escolas religiosas é avaliado pelo governo da Austrália.
A seleção de alunos e funcionários em razão da opção sexual e identidade de gênero já é realidade em algumas escolas australianas. Há pressão para que essa legislação seja estendida para todas as escolas do país.
O primeiro-ministro australiano, que é considerado um político de ala mais conservadora do Partido Liberal, assumiu o cargo em agosto e afirmou que todas as propostas para a revisão da legislação estão sendo analisadas com respeito e atenção.
“Há uma grande variedade de escolas religiosas na Austrália e, para algumas comunidades escolares, cultivar um ambiente e um ethos que estejam de acordo com suas crenças religiosas é de suma importância”, consta no relatório produzido ano passado, após a legislação do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Seria obrigação da escola divulgar os critérios para contratar funcionários e aceitar matrícula de estudantes LGBT.
Segundo o primeiro ministro Morrison, mesmo que sem ter sido debatidas pelos gabinetes, as propostas seriam consideradas com cautela e respeito, lembrando que a atual legislação prevê algo semelhante a realidade de outros estados.
Tanya Plibersek, representando a oposição para assuntos de educação disse à emissora australiana que a proposta é algo perturbador. “Que tipo de adulto quer afastar uma criança, quer rejeitar uma criança porque ela é gay?”.
Deputados conservadores solicitaram o relatório sobre a liberdade religiosa, conhecido como Relatório Ruddock, por temer que o casamento entre pessoas do mesmo sexo pudesse restringir a capacidade das pessoas de praticar sua religião.
A rede FairFax defende que não há indícios de risco na liberdade religiosa na Austrália, e que essa proposta interferia nos direitos humanos.
Fonte: BBC
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-45811249