Confira como os carros solares venceram desafios no Outback australiano, com tecnologias inovadoras e equipes internacionais, incluindo Japão, competindo na Bridgestone World Solar Challenge.
Carros movidos a energia solar completaram uma jornada desafiadora de 3.000 quilômetros pelo deserto do Outback australiano, marcando a 17ª edição do Bridgestone World Solar Challenge (BWSC). Com os carros atingindo velocidades de até 130 km/h e percorrendo a distância em apenas quatro dias e meio, a competição demonstrou os avanços na eficiência energética e o potencial da tecnologia solar.
Iniciado em 24 de agosto em Darwin, no norte da Austrália, e concluído em Adelaide, no sul, o BWSC deste ano trouxe novos desafios para as equipes. A competição foi realizada no final do inverno australiano, com uma redução de 20% na luz solar disponível, o que exigiu um design ainda mais eficiente dos carros solares.
Inovação e Eficiência Energética na Corrida Solar
O carro solar Tokai Challenger, representando o Japão, foi um dos principais competidores. Ele completou a corrida em quinto lugar, marcando uma grande realização para a Universidade Tokai. Outros times japoneses, como a Universidade Wakayama e o Instituto de Tecnologia de Osaka, também participaram, contribuindo com carros solares de alta performance, projetados para serem o mais eficientes possível em termos de aerodinâmica e leveza.
Para superar as limitações de energia solar neste ano, as equipes focaram em maximizar a captação de luz solar e otimizar o uso da energia armazenada nas baterias. A equipe de Osaka, por exemplo, enfatizou a melhoria da aerodinâmica do carro e a redução de peso, utilizando materiais ultraleves comumente usados em aeronaves avançadas.
Desafios e Soluções Tecnológicas
A competição solar de 2025 trouxe uma mudança significativa em relação ao evento anterior, com uma redução no tempo de luz solar disponível, o que impactou diretamente no desempenho dos carros. As equipes precisaram se concentrar mais na eficiência do design, projetando carros solares com uma capacidade superior de captar e usar a luz solar disponível. A utilização de fibra de carbono na carroceria dos carros, como feito pela Universidade Wakayama, resultou em uma estrutura mais leve e rígida, melhorando a performance geral.
Além disso, as equipes desenvolveram inovações como nadadeiras similares às de tubarões, que foram adicionadas aos carros para ajudar na estabilidade e na captura de ventos cruzados, impulsionando ainda mais os carros.
O Impacto das Corridas Solares no Futuro da Mobilidade
Os carros que competem no BWSC representam o futuro dos veículos solares. Mesmo que muitos desses carros ainda sejam modelos conceituais, eles mostram o caminho para a adoção em larga escala de veículos solares. Toyota, uma das principais montadoras, mantém sua conexão com a competição por meio da Competição Toyota Challenger, e a tecnologia solar continua a evoluir para ser aplicada em carros de consumo, como no caso do Toyota Prius, que já oferece um painel solar opcional.
Além disso, o avanço na tecnologia de baterias e sistemas de controle testados nessas competições tem influenciado diretamente a indústria de veículos elétricos, mostrando como a inovação e a pesquisa nos ambientes de competição podem impactar o mercado automotivo global.


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