
Em 1897, o Japão tomou conhecimento de um novo meio de entretenimento, a projeção de filmes da Vitascope, empresa americana formada por Thomas Armat e pelo inventor Thomas Alva Edison.
Poucos anos depois, o Japão já estava formando sua própria indústria cinematográfica, produzindo seus próprios filmes mudos, geralmente retratando aventuras de época e história de samurais injustiçados. Enquanto no mundo inteiro o cinema era mudo, no Japão os filmes eram parcialmente sonorizados com a presença do benshi, uma pessoa que reproduzia os diálogos do filme, interpretando as vozes dos vários personagens durante a projeção – uma espécie de dublador ao vivo.

Dialogo sendo reproduzido pelo benshi, durante a exibição do filme “Os 47 Ronins”
A primeira grande produção do cinema japonês ocorreu em 1913, quando o diretor/produtor Shozo Makino uniu-se ao ator Matsunoke Onobe para realizarem a primeira de várias versões de Chushingura (Os 47 Ronins). Em 1923, o grande terremoto de Tokyo devastou os estúdios que havia na cidade, o que obrigou o Japão a reconstruir sua nascente indústria cinematográfica.
Depois do terremoto, além de Tokyo, a cidade de Kyoto também se tornou outro pólo de produção de filmes.

Os 47 Ronins – 1913
Fonte: Revista Nippon em 6/99.