Criadora do Enem diz que uma questão não faz ninguém virar homossexual

- 12 de dezembro de 2018

O maior exame educacional do país foi desenvolvido pela educadora Maria Inês Fini e sua equipe do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do MEC (Ministério da Educação), e a autoria do projeto original para avaliar a qualidade de aprendizado dos alunos que terminam o ensino médio.

Organizadores do Enem já estão planejando o novo conteúdo e a nova fase que está por vir do governo futuro, porque o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) acusou a prova de “ideologia de gênero” e “politicagem” e prometeu mudanças na próxima prova, principalmente de verificar o conteúdo com antecedência.

Isso porque o presidente eleito criticou a Maria Inês, por ter elaborado uma questão no exame este ano. “Esta aí não esteve à frente da prova do Enem? É cartão vermelho, não tem nem amarelo”, disse ele em uma entrevista.

Fini acredita que o cenário sobre a questão do Enem é um “verdadeiro absurdo”.

“Pedir para um jovem resolver a questão: Identifique as características de um dialeto como identidade linguística de um pequeno grupo, (Sem querer foi o grupo LGBT) não vai fazer ninguém virar homossexual ao responder esta pergunta”, informou Fini.

Ela, entretanto, compreende que a leitura feita pelo presidente “houve um exagero de interpretação. Não acredito que o presidente tenha tido uma interpretação tão rasa”.

Fonte: UOL

https://educacao.uol.com.br/noticias/2018/12/07/enem-bolsonaro-inep-ideologia-de-genero-maria-ines-fini-entrevista.htm.