A carne de baleia foi fonte de alimento importante ao Japão logo o pós-guerra, nesta época o país buscava reconstruir-se dos males causados da Segunda Guerra Mundial. Carne de boi e de aves eram inacessíveis a maioria da população japonesa.
Passados quase 80 anos, o Japão vive outra realidade, a de abundância. A riqueza acumulada neste período permite um estilo de vida diferenciado quando comparado ao resto do planeta, mas incompreensivelmente o governo japonês insiste em voltar à caça as baleias.
A baleia é uma espécie em extinção, através de um acordo firmado em 1982 com a Comissão Internacional Baleeira (IWC), o país havia limitado a caça de baleias apenas para fins de pesquisas, mesmo assim estima-se que foram capturadas e mortas aproximadamente 32.000 exemplares do animal. O acordo com o IWC foi assinado junto a 80 nações, desde então alguns países (Rússia, Islândia, Japão e Noruega) buscam esquivar-se do acordo alegando pesca científica.
Devido a esta prática, o Japão foi banido da Antártida em 2004, após ser processado pela Austrália no Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas.
Para manter a atividade de pesca de baleias, o governo japonês aplica subsídios aproximados de US$50 milhões anuais.
No dia 1º de julho o Japão iniciará oficialmente o retorno à caça comercial de baleias após 30 anos de suspensão da atividade. Seis operadores baleeiros possuem a autorização e partirão da cidade de Kushiro, Hokkaido, em busca de baleias bicudas.
A comunidade internacional precisará observar de forma passiva a volta da caça às baleias pelos japoneses, um povo evoluído, porém incapaz de entender o impacto negativo à fauna e meio ambiente.
Fonte: Revista Planeta