A questão do distanciamento social durante pandemia no Japão, tem sido muito diferente da situação ao redor do mundo.
Diferente de várias outras comunidades que se veem obrigadas a ficarem confinadas em casa, espiando a vida pela cortina, os japoneses mal mudaram os seus hábitos, exceto por mais precauções higiênicas.
Os principais eventos esportivos foram interrompidos ou estão sendo disputados a portas fechadas. As empresas estão pedindo aos trabalhadores que pensem em trabalhar em casa. E a tradição da primavera de passar o tempo sob as cerejeiras agora é mais passear do que sentar.
Mas até muito recentemente, as autoridades japonesas não sentiam a necessidade de impor medidas mais rígidas para as quase 14 milhões de pessoas que moram em Tokyo.
Foi somente nesta quarta-feira, que a governadora de Tokyo, Yuriko Koike, solicitou que os cidadãos ficassem em casa, citando que esse seria um momento delicado.
Uma mensagem para o público, no entanto, chegou claramente: lave as mãos, use máscaras no transporte público para ter consideração com os outros e evite o contato com idosos e outras pessoas vulneráveis à doença causadora de pneumonia.
Comparada às medidas impostas na China e aos bloqueios na Europa e nos Estados Unidos, a liberdade de viver a vida normalmente em meio à pandemia tem sido uma realidade para a maioria das pessoas no Japão.
Isso porque as pessoas estão conscientes sobre o vírus e os danos que pode causar, evitando o sentimento de ignorância e ingenuidade.
Ao contrário de outros lugares do mundo, incluindo cidades e estados nos Estados Unidos, o Japão ainda não ordenou o fechamento de negócios não essenciais, como restaurantes, cafés ou salões de beleza.
Na quinta-feira, o Japão tinha 2.018 casos, incluindo 712 do navio Diamond Princess e 55 mortes, enquanto a Itália, por exemplo, teve mais de 74.380 casos e mais de 7.500 mortes. O fato de o Japão ter sido menos atingido pela doença, levou a muitos criarem suas teorias.
Alguns atribuem o fato, para o costume japonês de utilizar máscaras o tempo inteiro, enquanto os críticos dizem que os números só são baixos, pela falta de testes suficientes para determinar os inúmeros casos.
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