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Javier Milei é eleito o novo Presidente da Argentina

- 20 de novembro de 2023

O candidato Javier Milei, representante da coalizão “A Liberdade Avança” foi o vencedor do segundo turno na corrida presidencial argentino neste domingo (19/11). Nos 40 anos de democracia, Milei será o 12o. presidente.

O adversário peronista, Sergio Massa contatou Milei após as 20 horas parabenizando-o pela vitória. Javier Milei será empossado no dia 10 de dezembro.

Milei defende a dolarização da economia, a privatização das estatais e o fechamento do Banco Central.

O novo presidente argentino irá dar sobrevida a ala do ex-presidente Jair Bolsonaro e o americano Donald Trump, pois todos os citados têm ideologias próximas.

Milei pretende eliminar o Banco Central e dolarizar a economia.

“O peso é a moeda emitida pelo político argentino, portanto, não pode valer nem um excremento, porque esses lixos não servem nem para adubo”

Novo presidente da Argentina Javier Milei

A inflação acumulada no ano passado chegou a 100%. Para implementar a dolarização, o governo argentino precisará dispor de pelo menos US$ 35 bilhões.

No âmbito da política externa, Milei promete retirar a Argentina do Mercosul – bloco econômico criado em 1991, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Milei é contra a entrada da Argentina no BRICS. Com o novo presidente, a Argentina se afastará do Brasil e da China. Apesar da China ser o maior mercado consumidor das carnes bovinas.

Javier Milei pretende sanear as estatais antes de privatizá-las: YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), Televisón Pública (TN), rede pública de televisão argentina, fundada em 1951. Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA), principal órgão responsável por fomentar o cinema na Argentina.

Milei quer também reduzir o número de ministérios para apenas oito (atualmente são 18 ministérios, sem contar outras agências estatais). Ele quer aglutinar os três ministérios que tratam dessas questões em um só, que se chamaria de “Capital Humano”.

No campo da educação, Milei propõe um sistema de vouchers, no qual a educação não seria nem obrigatória nem gratuita.

Em um comunicado, a Confederação Mapuche de Neuquén afirmou que “a guerra de Milei contra os povos originários já começou”, classificando o candidato como “negacionista, homofóbico, racista e violento”.

Portal Mundo-Nipo

Sucursal Japão – Tóquio

Jonathan Miyata

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