Hibakusha: Vozes de Esperança e Perseverança pela Paz Mundial. Descubra como os sobreviventes enfrentam discriminação para promover a paz.
A Nihon Hidankyo, Confederação Japonesa de Organizações de Sofredores das Bombas A e H, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz. Esta organização representa sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki em 1945, e há 68 anos defende a abolição das armas nucleares.
Com o 80º aniversário dos bombardeios se aproximando, a importância dos hibakusha, ou sobreviventes das bombas, é destacada. Eles enfrentaram discriminação e sofrimento, mas continuam a compartilhar suas experiências para promover a paz. A campanha “Chega de Hibakusha” ganhou força após o incidente de Daigo Fukuryu Maru em 1954, quando pescadores japoneses foram expostos à radiação de um teste nuclear dos EUA.
Durante a Guerra Fria, os hibakusha começaram a mostrar suas cicatrizes e a falar sobre a crueldade das armas nucleares. Em 1982, Senji Yamaguchi, então líder do Hidankyo, discursou na ONU, pedindo o desarmamento nuclear. Sumiteru Taniguchi, outro sobrevivente, também apelou à comunidade internacional, mostrando as cicatrizes em suas costas.
A dedicação dos hibakusha levou à promulgação da Lei de Assistência aos Sobreviventes da Bomba Atômica no Japão em 1995 e à adoção do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares pela ONU em 2017. Sunao Tsuboi, conhecido como “Pikadon Sensei”, e Hiroshi Shimizu, que continua a campanha mesmo com problemas de saúde, são exemplos de perseverança.
O Comitê Nobel elogiou os hibakusha como “testemunhas históricas” que alertam sobre a ameaça nuclear. Apesar da idade avançada, com média de mais de 85 anos, os sobreviventes continuam a lutar por um mundo sem armas nucleares.
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