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Por que Aokigahara é conhecido como o Bosque do Suicídio?

- 22 de abril de 2019

Com vegetação densa e ausência quase absoluta de vida selvagem, Aokigahara impressiona pelo silêncio e por suas curiosas formações rochosas. Mas o motivo  de sua popularidade é por ser o local onde dezenas de pessoas vão, anualmente, para tirar as próprias vidas.

O Japão tem uma das taxas de suicídio mais altas do mundo, apesar de o número de casos ter diminuído. Em 2016, foram registradas, segundo relatórios oficiais, 21,8 mil mortes, menor número em mais de duas décadas.

O bosque é localizado a noroeste do icônico Monte Fuji – a cerca de 100 km de Tóquio – e se espalha por 30 quilômetros quadrados em uma região de solo de lava escura enrijecida, resultado da última grande erupção do vulcão, no ano de 864.

A região é tradicionalmente associada com a morte: acredita-se que o local tenha sido usado anteriormente para o antigo costume de ubasute, em que idosos eram abandonados para morrer em épocas de escassez de alimentos e de seca prolongada.

O costume resultou em uma lenda de que os fantasmas dos idosos habitam o local, mas foi só nas últimas décadas que o bosque passou a ser visto como um ponto de suicídios.

Algumas autoridades japonesas atribuem isso ao livro Tower of Waves(sem tradução em português), romance de 1961 do escritor Seicho Matsumoto, em que um casal de amantes tira a própria vida na floresta.

O bosque é repleto de cartazes oferecendo informações sobre atendimento telefônico anti-suicídio e serviços de atendimento psicológico. Alguns também pedem aos visitantes que reflitam sobre “o presente que é a vida e a dor que você podem causar a sua família”.

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Autoridades japonesas também patrulham o local para identificar potenciais suicidas, além de instalar câmeras de segurança.

Trabalhadores do comércio local também se voluntariam nos esforços de prevenção ao suicídio. O dono de um café na entrada do bosque disse a um jornal já ter salvado cerca de 160 pessoas ao longo dos 30 anos em que trabalha ali. Sua estratégia consiste em ficar de olho nos visitantes que chegam desacompanhados.

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Fonte: Mundo-Nipo