Lei Marcial em Seul: Impactos e Reações Políticas. Descubra como a declaração de lei marcial afetou a política e a diplomacia.
O Ministério da Justiça da Coreia do Sul anunciou na segunda-feira uma proibição de viagens ao exterior para o presidente Yoon Suk Yeol. A medida ocorre em meio a investigações sobre alegações de rebelião e outras acusações relacionadas à sua breve declaração de lei marcial na semana passada.
Na última terça-feira, Yoon decretou lei marcial, mobilizando tropas de forças especiais nas ruas de Seul, o que gerou turbulência política e preocupações entre parceiros diplomáticos. No sábado, Yoon evitou um impeachment liderado pela oposição, mas enfrenta novas moções de impeachment esta semana.
Bae Sang-up, do Ministério da Justiça, afirmou que a proibição de viagem foi solicitada por autoridades policiais, promotores e uma agência anticorrupção. A polícia também considera a possibilidade de deter Yoon, caso as condições sejam atendidas.
Embora o presidente tenha imunidade de processo, isso não se aplica a alegações de rebelião ou traição. Assim, Yoon pode ser interrogado e detido, mas muitos duvidam que a polícia o faça devido ao potencial de confrontos com seu serviço de segurança.
O caso lembra a ex-presidente Park Geun-hye, que foi destituída após um escândalo de corrupção. Promotores não invadiram seu escritório, mas conseguiram documentos após sua saída.
O Partido Democrata, principal oposição, classificou a lei marcial de Yoon como “inconstitucional” e apresentou queixas contra ele e outros envolvidos. O ex-ministro da Defesa Kim Yong Hyun foi detido, acusado de recomendar a lei marcial.
O Ministério da Defesa suspendeu três comandantes militares por envolvimento na imposição da lei marcial. No sábado, Yoon pediu desculpas, afirmando que não fugirá da responsabilidade legal ou política.
Desde que assumiu em 2022, Yoon, um conservador, tem enfrentado oposição liberal no parlamento. Ele chamou o parlamento de “covil de criminosos” e prometeu eliminar “forças anti-Estado”. A lei marcial durou apenas seis horas, sendo rejeitada pela Assembleia Nacional.
Especialistas sugerem que o partido de Yoon teme perder a presidência em uma eleição suplementar se ele for deposto. Han Dong-hun, líder do Partido do Poder Popular, indicou que busca uma saída ordeira para Yoon, mas não especificou quando.
Críticos apontam que afastar Yoon dos assuntos de estado pode violar a constituição. O Ministério da Defesa afirmou que Yoon mantém controle das forças armadas, conforme previsto na constituição.
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