Japão atinge 41,2°C e vive onda de calor extrema, com alerta de insolação e recordes históricos de temperatura.
O Japão enfrentou uma nova onda de calor extremo com a marca histórica de 41,2°C registrada em Tamba, na província de Hyogo. A elevação drástica das temperaturas reflete os efeitos crescentes das mudanças climáticas sobre o arquipélago, que tem vivenciado verões cada vez mais intensos.
A temperatura superou os recordes anteriores de 41,1°C registrados em Hamamatsu (2020) e Kumagaya (2018), segundo dados da Agência Meteorológica do Japão (JMA). O calor intenso também atingiu Kyoto, onde os termômetros marcaram 40°C pela primeira vez desde o início das medições na cidade, em 1880.
Temperaturas extremas colocam o país em alerta máximo
Além do calor, o país foi abalado por um terremoto de magnitude 8,8 no Extremo Oriente da Rússia, levando a um alerta máximo de tsunamis no mesmo dia do novo recorde térmico. A combinação de eventos extremos evidencia o cenário cada vez mais errático enfrentado pelo país.
Na terça-feira anterior, 322 dos 914 pontos de observação do Japão registraram temperaturas acima de 35°C — o maior número desde que esse tipo de comparação passou a ser feita, em 2010.
Insolação preocupa autoridades sanitárias japonesas
A insolação tornou-se um risco real e crescente. Na última semana, 10.804 pessoas foram hospitalizadas, o maior número semanal registrado em 2025, com 16 mortes confirmadas. O grupo mais vulnerável é o dos idosos, uma população significativa no Japão, que é o segundo país mais envelhecido do mundo.
As autoridades recomendam o uso de ambientes climatizados e alertam para os perigos da exposição prolongada ao sol. A JMA destacou que as temperaturas devem continuar subindo, especialmente nas regiões norte e leste.
Calor histórico também atinge a Europa
A onda de calor no Japão segue a tendência global. A Europa Ocidental registrou em junho seu mês mais quente da história, com temperaturas ultrapassando os 46°C em países como Espanha e Portugal. Pesquisas indicam que as mudanças climáticas contribuíram para elevar as temperaturas em até 4°C em várias regiões.


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