Cerca de duas dúzias de residentes muçulmanos do Japão se reuniram na tarde de terça-feira (19) diante da Embaixada da Nova Zelândia na Ala Shibuya, em Tóquio, em uma vigília pelas vítimas do tiroteio na mesquita da semana passada em Christchurch.
Participantes de países como Bangladesh, Paquistão, Iraque e Indonésia se reuniram em um parque de Shibuya para condenar a violência e oferecer orações, gritando “o terror não tem religião”.
Pelo menos 50 pessoas foram mortas e dezenas de outras foram feridas em um ataque a duas mesquitas cheias de fiéis durante as orações do meio-dia de sexta-feira.
O paquistanês Naim Ul Ghani Arain, um vendedor de carros da prefeitura de Saitama, que vive no Japão há 37 anos, organizou a vigília. Ele elogiou a decisão da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, de mudar as leis sobre armas.
“É importante limitar o acesso a armas”, disse ele. Ele também pediu severa punição em casos de terrorismo para evitar que massacres como o de Christchurch voltem a ocorrer. Ele também pediu o fim do fanatismo anti-muçulmano e da supremacia branca em todo o mundo.
Ele disse que o grupo se reuniu para mostrar ao mundo que o Islã não tem nada a ver com o terrorismo e expressou seu descontentamento com a hesitação da mídia em rotular os massacres causados por não-muçulmanos como terrorismo.
O suspeito do atentado é o australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, que abriu fogo contra fiéis enquanto transmitia ao vivo o massacre através do Facebook. Antes do tiroteio, Tarrant postou links para um manifesto anti-imigrante de 74 páginas no Twitter e um fórum on-line de direita. Tarrant foi acusado de assassinato no sábado e deve enfrentar acusações adicionais.
Fonte: Japan Times
https://www.japantimes.co.jp/news/2019/03/19/national/tokyo-residents-mourn-victims-new-zealand-mosque-shootings/#.XJEBKShKjIU.