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Demência no Japão, Projeções para 2040 e Estratégias de Prevenção

- 9 de maio de 2024

Prevenção e Estilo de Vida: A Chave para Diminuir a Demência Entre os Idosos Japoneses.

O Japão enfrenta um aumento significativo no número de idosos com demência, projetando-se que até 2040, cerca de 5,84 milhões de pessoas com 65 anos ou mais serão afetadas, representando cerca de 15% dessa faixa etária. Esta projeção, divulgada recentemente pelo Ministério da Saúde do Japão, mostra um crescimento constante, embora seja uma estimativa mais otimista em comparação com previsões anteriores que apontavam para mais de 8 milhões de afetados. A redução nas estimativas é atribuída a um aumento na conscientização sobre a saúde e melhorias no estilo de vida, como controle de pressão alta, diabetes, hiperlipidemia e uma diminuição no número de fumantes.

Apesar da melhoria nas projeções, o envelhecimento acelerado da população japonesa sugere um aumento na prevalência de demência, com uma projeção de que 1 em cada 6,7 idosos será afetado em 2040. Além disso, espera-se que cerca de 1 em cada 3 idosos apresente algum grau de comprometimento cognitivo leve (MCI), uma condição que precede a demência, até 2040.

A pesquisa, que fundamenta estas projeções, foi realizada em quatro pequenas cidades japonesas, onde testes de demência foram aplicados a residentes com 65 anos ou mais. Os resultados indicaram que 12,3% das pessoas nessas localidades já sofrem de demência, um número abaixo dos 15% registrados em 2012.

Em resposta a essa crescente preocupação, o governo japonês implementou uma nova lei sobre demência em janeiro, visando fornecer serviços médicos e de bem-estar adequados para aqueles afetados. Espera-se que um roteiro detalhado de medidas necessárias seja elaborado e aprovado pelo Conselho de Ministros no outono, abordando questões críticas como suporte para idosos que vivem sozinhos, assistência a familiares cuidadores e promoção da pesquisa sobre demência.

No campo do tratamento, o lecanemab, desenvolvido pela Eisai em parceria com a Biogen, emergiu como o primeiro medicamento a demonstrar eficácia na desaceleração da doença de Alzheimer. Aprovado nos EUA e no Japão, seu alto custo, aproximadamente ¥ 3 milhões (cerca de US$ 19.300) por ano para pacientes não cobertos pelo seguro nacional de saúde, permanece um desafio, já que atualmente não existe cura para a demência.

Globalmente, a demência afeta cerca de 55 milhões de pessoas, com 10 milhões de novos casos anualmente, sendo a sétima principal causa de morte e uma das principais causas de incapacidade entre idosos em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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