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Energias Renováveis no Sudeste Asiático, Caminho para Zero Emissões

- 19 de abril de 2024

A Transição Energética Necessária, Desafios e Soluções Potenciais.

O Sudeste Asiático enfrenta desafios significativos na transição para energias renováveis, conforme destacado em um relatório recente da consultoria global Bain & Company, em colaboração com o grupo de investimento verde GenZero e o Standard Chartered Bank. A região, que espera um aumento de 40% no consumo de energia nesta década, ainda se apoia fortemente em combustíveis fósseis, contribuindo para o aumento das emissões de dióxido de carbono e o aquecimento global.

Apesar de um crescimento de 20% no investimento verde no último ano, o valor está bem abaixo dos necessários 1,5 trilhões de dólares para esta década. Sem uma mudança de curso, as emissões dos 10 países da região podem exceder seus compromissos climáticos para 2030 em 32%. “Uma aceleração dos esforços é imperativa, pois o Sudeste Asiático permanece lamentavelmente fora do caminho”, afirma Kimberly Tan, diretora-gerente da GenZero.

Atualmente, a energia limpa representa apenas 10% do fornecimento total de energia na região, e os subsídios para combustíveis fósseis superam em cinco vezes os investimentos em renováveis. Desafios como altos custos de capital e regulamentações incertas também dificultam o financiamento de projetos renováveis. Entre os países da região, apenas Indonésia, Malásia, Singapura e Vietnã fizeram progressos significativos na precificação do carbono.

O relatório recomenda a implementação de mais políticas e incentivos, além de uma maior cooperação regional e foco em tecnologias sustentáveis já disponíveis. Com o Sudeste Asiático no início de sua jornada de descarbonização, há muitas oportunidades para reduzir emissões de forma eficaz. Ideias de investimento identificadas no relatório, como agricultura sustentável e centrais de energia renovável em grande escala, podem gerar receitas de até 150 bilhões de dólares até 2030.

No entanto, o Sudeste Asiático ainda está atrás apenas da África Subsariana em termos de investimento em energias renováveis. Para atender aos compromissos de zero emissões líquidas, as instalações solares anuais precisariam aumentar de 5 gigawatts para 35 GW entre 2030 e 2050. “Temos todos os recursos, mas o ‘desbloqueio’ ainda não está acontecendo”, observa Vishal Agarwal, sócio sênior da McKinsey, salientando a necessidade urgente de ação para desbloquear o potencial de energias renováveis na região.

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