Crédito: Japan Times – 16/05/2023 – Terça
Não foi até que ele se mudou para Tóquio para a faculdade que Michael Nakano começou a experimentar com seu cabelo.
Crescendo em Osaka, sua escola secundária “muito, muito local” tinha regras rígidas sobre cabelo, assim como muitas escolas públicas no Japão. O jovem de 20 anos se lembra do tōhatsu kensa mensal ou “checagem do cabelo da cabeça”, onde os funcionários da escola examinavam seu cabelo.
Freqüentemente, ele era solicitado a cortá-lo e aparava sua mãe em casa.
Nakano, que é japonês e senegalês, não se importou com as regras na época. Ele usava um corte à escovinha como a maioria dos atletas estudantis e raramente se sentia rejeitado porque “em sua mente” ele é muito japonês, disse ele.
Então, foi só na faculdade que ele adicionou cor ao cabelo, deixou os cachos crescerem até quase os ombros e até experimentou tranças.
Ainda assim, ele não pôde deixar de sentir algo quando viu uma história no Mainichi Shimbun sobre como um estudante na província de Hyogo com ascendência negra e japonesa foi barrado de sua formatura do ensino médio por usar trancinhas.
“Fiquei triste ao ver que (a escola) não levou em conta a história por trás das trancinhas e simplesmente o isolou”, disse Nakano, pensando em sua primeira reação à história do aluno.
Foto: Japan Times (Michael Nakano, 20, que é japonês e senegalês, disse que ficou triste quando viu uma história no Mainichi Shimbun sobre como um estudante na província de Hyogo com ascendência negra e japonesa foi impedido de se formar no ensino médio por usar trancinhas. | CORTESIA DE MICHAEL NAKANO)