Houve progresso na melhoria das condições de trabalho para as mulheres no Japão, mas é preciso fazer mais, disse o secretário-chefe do gabinete do Japão na quarta-feira, acrescentando que as atitudes sociais em relação à igualdade de gênero são ruins.
O Japão classificou-se em 116º lugar entre 146 países em paridade de gênero no relatório global do Fórum Econômico Mundial no ano passado, e os esforços para promover mulheres na administração e no governo estagnaram. Há apenas duas mulheres ministras entre os 20 membros do gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida.
Muitas vezes, as mulheres acham particularmente difícil equilibrar o trabalho e as tarefas domésticas, ainda amplamente vistas como responsabilidade da mulher, forçando muitas delas a contratos de trabalho “temporários” instáveis e com salários mais baixos.
“A situação das mulheres, que estão tentando equilibrar as responsabilidades domésticas e de trabalho, é bastante difícil em nosso país e tem sido apontada como um problema”, disse o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, em entrevista coletiva regular.
“Com base nas medidas que tomamos, os empregos para mulheres aumentaram. Mas também é verdade que muitas mudam para o trabalho temporário quando dão à luz, e as medidas para lidar com isso ainda estão na metade do caminho”, disse ele, acrescentando que estava ciente muito necessário fazer para mudar as atitudes sociais sobre gênero.
De acordo com uma pesquisa publicada no diário Sankei Shimbun, 65% das mulheres disseram que dão pouca prioridade ao tempo para si mesmas, a fim de cumprir ambos os conjuntos de responsabilidades, em comparação com 42% dos homens.
As mulheres cozinhavam 80%, contra 8% dos homens, e outras tarefas domésticas tinham um peso semelhante. O único trabalho que os homens faziam mais do que as mulheres era retirar o lixo, com 49% a 43%.
