568 visualizações 2 min 0 Comentário

Risco de câncer de mama por hormônios da menopausa pode durar décadas

- 24 de dezembro de 2019
Um radiologista verifica mamografias em Los Angeles.

Segundo resultados a longo prazo de um grande estudo realizado, mulheres que fazem uso de certos tipos de hormônios após a menopausa, possuem um risco ainda maior de desenvolverem câncer de mama, mesmo duas décadas após o interrompimento do uso. 

Os médicos dizem que é de saber público, visto que essa nova geração de mulheres que irão entrar e que estão na menopausa pode não estar ciente dos achados da pesquisa, estagnada em 2002, que vincularam as taxas mais altas de câncer de mama relacionadas a pílulas que combinam estrogênio e progesterona. 

Rowan Chlebowski, do Centro Médico Harbor-UCLA em Torrance, disse que mesmo usando por pouco tempo, os efeitos podem ser duradouros. 

Na pesquisa do estudo federal, as pílulas que se diziam prevenir doenças cardíacas, perda óssea e outros problemas em outras mulheres, tiveram efeitos que aumentavam a probabilidade de desenvolvimento de câncer de mama e ainda mais problemas cardíacos, quando combinados com os hormônios. 

Após aproximadamente 19 anos de acompanhamento, 572 cânceres de mama ocorreram em mulheres com hormônios, versus 431 entre as que tomavam pílulas. Isso resultou em um risco de 29% maior de desenvolver a doença. 

Porque os hormônios aumentam o risco de câncer de mama? 

Segundo o Dr. C Kent Osborne, especialista em câncer de mama, os hormônios estimulam o crescimento das células, levando o possível crescendo de um tumor, que pode demorar muitos anos para serem detectados. 

As mulheres recebem hormônios prescritos em combinação, pois tomar estrogênio sozinho aumenta as chances de desenvolver câncer de útero. No entanto, ¼ das mulheres com mais de 50 anos não tem mais útero e podem tomar estrogênio sozinho para aliviar os sintomas da menopausa. 

O estudo disse também que testou apenas pílulas hormonais, portanto, obter hormônios através de um adesivo ou anel vaginal, pode não apresentar os mesmos riscos citados. 

Leia também: Sexismo impede que japonesas entrem em universidade de elite

Mundo-nipo: O principal portal de notícias do Japão