MANILA – O primeiro-ministro Fumio Kishida e o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., concordaram na sexta-feira em iniciar negociações sobre um acordo recíproco de acesso às tropas, em uma tentativa de fortalecer a cooperação militar entre dois dos aliados asiáticos mais próximos dos Estados Unidos.
Kishida, em visita oficial às Filipinas, disse que ele e Marcos concordaram em trabalhar em estreita colaboração com os Estados Unidos e, numa referência velada à China, partilharam a preocupação sobre tentativas “inaceitáveis” de “mudar unilateralmente o status quo pela força nos mares do Leste e do Sul da China.
“Foi tomada outra decisão para iniciar negociações sobre um acordo de acesso recíproco e concordamos em fortalecer ainda mais a cooperação trilateral”, disse Kishida em entrevista coletiva conjunta.
Tanto as Filipinas como o Japão assumiram uma posição firme contra o que consideram um comportamento agressivo por parte dos navios chineses no meio de disputas de décadas sobre a soberania marítima.
O pacto de tropas seguiria um acordo semelhante que as Filipinas têm com os Estados Unidos, denominado Acordo de Forças Visitantes, que fornece um quadro jurídico ao abrigo do qual os EUA mantêm uma presença militar constante mas rotativa nas Filipinas, principalmente para exercícios de treino.
“Estamos cientes dos benefícios de ter este acordo tanto para o nosso pessoal de defesa e militar como para a manutenção da paz e estabilidade na nossa região”, disse Marcos sobre um pacto com o Japão.
Marcos também disse que o Japão concedeu uma doação de 600 milhões de ienes (4 milhões de dólares) às Filipinas para ajudar a impulsionar os esforços do seu Ministério da Defesa na proteção de radares costeiros para a segurança marítima.
Antes da visita, o Ministério da Defesa japonês anunciou a entrega do primeiro sistema de radar de vigilância aérea aos militares das Filipinas como parte de um contrato para 2020.
Portal Mundo-Nipo
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Jonathan Miyata