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Extremista da Década de 70, Satoshi Kirishima, Falece no Japão

- 30 de janeiro de 2024

Na manhã de segunda-feira, um homem suspeito de realizar ataques terroristas no Japão durante a década de 1970 faleceu, conforme informado por fontes investigativas. Identificado recentemente como Satoshi Kirishima, o suposto autor de atentados e membro de uma organização extremista de esquerda, ele vinha lutando contra um câncer terminal de estômago em um hospital de Kamakura, na província de Kanagawa. Sua morte foi confirmada às 7h33.

Kirishima, que adotou a identidade de Hiroshi Uchida por muitos anos, trabalhou em uma construtora em Fujisawa, mantendo-se longe dos holofotes e vivendo uma vida discreta. Segundo relatos, ele evitava qualquer forma de identificação bancária e oficial, como contas bancárias e carteiras de motorista, pagando por seu tratamento médico inteiramente em dinheiro para não deixar rastros.

A polícia, que pretende realizar exames de DNA para validar a identidade do falecido, busca fechar definitivamente o caso, entregando-o aos promotores. As investigações também se estendem à forma como Kirishima conseguiu se estabelecer e viver em Kanagawa, e se ele teve auxílio durante sua fuga.

Kirishima confessou ser o responsável por colocar uma bomba caseira em um edifício no distrito de Ginza, em Tóquio, em 19 de abril de 1975, e era membro da Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental, um grupo radical que protagonizou diversos ataques, incluindo o atentado mortal na sede da Mitsubishi Heavy Industries em 1974.

Os ataques não se limitaram ao Japão; empresas japonesas no exterior também foram alvo, refletindo um protesto contra a expansão militar e econômica japonesa no Leste Asiático. O legado desses atos violentos ainda ressoa, como demonstrado pelo depoimento de um indivíduo de 73 anos que conhecia uma vítima do atentado à Mitsubishi Heavy, questionando as motivações e o arrependimento tardio de Kirishima.

O caso ganhou novos contornos com a revelação da identidade de Kirishima, que havia sido declarado desaparecido em abril de 2003. Embora alguns envolvidos nos atentados ainda estejam foragidos, como Ayako Daidoji, que agora está com 75 anos, o prazo de prescrição foi suspenso, mantendo o caso aberto.

Este acontecimento marca um fechamento simbólico para um capítulo turbulento na história do Japão, levantando questões profundas sobre justiça, identidade e as cicatrizes deixadas pelo terrorismo no tecido social do país.

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