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Sexismo impede que japonesas entrem em universidade de elite

- 20 de dezembro de 2019
Jovem japonesa estudando em universidade

Desde criança, Satomi Hayashi se mostrava muito dedicada aos estudos, se destacando na sala de aula e conquistando títulos na escola. Seria natural que no futuro, eela pudesse seguir os passos do pai e fosse para uma Universidade em Tokyo, a instituição de ensino de maior prestígio no Japão. 

Assim que ela foi admitida, suas amigas já encontraram um momento para alerta-la que essa decisão a atrapalharia num possível casamento, e os homens afirmaram que se sentiriam intimidados por ter uma esposa com um diploma na melhor universidade do país. 

Quando ela ingressou há 3 anos, a proporção era de 1 mulher para cada 5 homens na instituição. O número limitado de mulheres era uma consequência da desigualdade de gênero, ainda encravada na cultura japonesa, onde o sexo feminino não pode se equiparar ao masculino, sendo muitas vezes obrigado a desistir de seus sonhos educacionais. 

O primeiro-ministro do Japão promoveu um programa de emancipação da mulher, destacando que a participação das mulheres no mercado de trabalho era de níveis muito baixos e muitas nem sequer tinham cargos relevantes. 

Há algum tempo, uma professora mencionou um escândalo que expôs a descriminação na Universidade de Medicina de Tokyo, onde os professores admitiram que vinham modificando e eliminando há anos, mulheres em testes de admissão.  

Segundo eles, os seus objetivos eram limitar a proporção de mulheres a 30%, alegando que as médicas deixariam de trabalhar depois de dar luz ou casar.  

Um ano depois do escândalo, foi revelado que o número de mulheres aprovadas superou o dos homens. 

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