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Yakuza e o Perigo Nuclear: Takeshi Ebisawa Enfrenta Justiça

- 22 de fevereiro de 2024

Escândalo Internacional: Membro da Yakuza Acusado de Tráfico Nuclear em Nova Iorque” Uma revelação chocante que liga crime organizado japonês ao tráfico de material nuclear, desafiando a segurança global

Em um desenvolvimento alarmante revelado em Nova Iorque, autoridades americanas anunciaram na quarta-feira a acusação de Takeshi Ebisawa, um membro proeminente da yakuza japonesa, por envolvimento no tráfico de material nuclear originário de Mianmar. A acusação, que visa coibir o financiamento de operações ilícitas de armas, foi detalhada em documentos judiciais apresentados em um tribunal de Manhattan. Este caso marca uma grave ameaça à segurança nacional dos EUA e à estabilidade global, conforme expresso pelo procurador-geral assistente Matthew Olsen.

Ebisawa, junto com o co-réu Somphop Singhasiri, já enfrentava acusações desde abril de 2022 relacionadas ao tráfico de drogas e crimes com armas de fogo. A nova acusação substitutiva não selada expande significativamente o escopo de suas alegadas atividades criminosas, incluindo a conspiração para vender material nuclear e narcóticos perigosos de Mianmar, além de adquirir armamento militar para um grupo insurgente armado.

A acusação destaca o transporte audacioso por Ebisawa de materiais contendo urânio e plutônio, adequados para a fabricação de armas nucleares, juntamente com substâncias entorpecentes, a partir de Mianmar. A partir de 2020, Ebisawa teria se gabado a um agente infiltrado sobre seu acesso a quantidades significativas de materiais nucleares, chegando a fornecer fotografias desses materiais ao lado de contadores Geiger.

Durante uma operação coordenada que contou com a colaboração das autoridades tailandesas, foram apreendidas duas substâncias pulverulentas amarelas, descritas por Ebisawa como “bolo amarelo”. Análises laboratoriais nos EUA confirmaram que o plutônio presente nas amostras era de fato adequado para o uso em armas nucleares, aumentando a gravidade das acusações contra Ebisawa.

Além disso, foi revelado que Ebisawa e seus co-conspiradores dispunham de mais de 2.000 quilogramas de Tório-232 e mais de 100 quilogramas de urânio, evidenciando a escala potencialmente devastadora de suas operações ilícitas. A acusação também sugere que os lucros obtidos com a venda de material nuclear seriam utilizados para financiar a compra de armas para um grupo étnico insurgente em Mianmar, embora o grupo em questão não tenha sido identificado.

Ebisawa agora enfrenta uma pena mínima obrigatória de 25 anos de prisão por tentativas de adquirir mísseis terra-ar, além de até 20 anos de prisão por tráfico internacional de materiais nucleares. As autoridades descrevem Ebisawa como um líder influente da yakuza, uma organização criminosa transnacional japonesa conhecida por suas extensas atividades ilegais, incluindo tráfico de drogas e armas em larga escala.

Este caso sublinha a importância de uma vigilância constante e cooperação internacional para combater o tráfico de materiais perigosos e a proliferação de armas ilegais, ressaltando os riscos significativos que tais atividades representam para a segurança e a paz globais. Ainda não foi divulgada uma data para o julgamento de Ebisawa.

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