O Gabinete do Japão aprovou uma revisão orçamental significativa, elevando os gastos previstos para o próximo ano fiscal que inicia em abril para 112,57 trilhões de ienes (774 bilhões de dólares). A revisão inclui a adição de 500 bilhões de ienes em fundos de emergência para lidar com as consequências do devastador terremoto de Ano Novo no centro do país.
O primeiro-ministro Fumio Kishida exigiu a revisão orçamental – inicialmente fixada em 112,07 trilhões de ienes – para assegurar recursos adequados para socorro e reconstrução das áreas afetadas. Este novo orçamento será o segundo maior da história, superado apenas pelo do ano fiscal corrente, fixado em 114,38 trilhões de ienes.
Ainda aguardando aprovação parlamentar para ser implementado no ano fiscal de 2024, o projeto reflete a necessidade de responder aos danos ainda incalculáveis causados pelo terremoto de magnitude 7,6, que atingiu a Península de Noto em 1º de janeiro, resultando em mais de 220 mortes e deixando dezenas de milhares em abrigos.
O Ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, destacou a importância de dobrar os fundos de reserva para um total de 1 trilhão de ienes, enfatizando a capacidade desses recursos de proporcionar uma resposta contínua e flexível à catástrofe.
Embora o Japão enfrente a pior saúde fiscal entre as economias avançadas, com um terço dos gastos financiados por dívidas, o governo de Kishida está determinado a fornecer o suporte emergencial necessário, mesmo sob escrutínio por sua crescente dependência de fundos não detalhados no orçamento do Estado.